Queridos amigos e amigas, fizemos esse blog no intuito de permitir a todos aqueles que o acessarem, que tenham uma mensagem de fé, esperança, sabedoria, discernimento e amor, que possa assim, levá-los a refletir sobre suas vidas e de suas famílias e dessa forma cresça em cada um, a esperança de mudança para uma vida melhor e mais feliz.
Pedimos a Deus, que através do Seu Divino Espírito Santo, ilumine a cada um de vocês e dessa forma cada mensagem aqui, se torne útil e eficaz.


Fiquem com Deus !

Do amigo,
José Vicente Ucha Campos

jvucampos@gmail.com

Vale ressaltar que as mensagens aqui postadas são de divulgação corrente na internet e que em sua grande maioria não consegui identificar seus autores.
Aos amigos(as) que quiserem colaborar conosco nos enviando mensagens para que possamos colocá-las no blog e assim permitir que todos possam partilhar desses momentos mágicos de reflexão, nós agradecemos.

sábado, 25 de setembro de 2010

AS PEQUENAS COISAS...

Naquela noite, enquanto minha esposa servia o jantar, eu segurei sua mão e disse: "Tenho algo importante para te dizer". Ela se sentou e jantou sem dizer uma palavra. Pude ver sofrimento em seus olhos.
De repente, eu também fiquei sem palavras. No entanto, eu tinha que dizer a ela o que estava pensando.
Eu queria o divórcio. E abordei o assunto calmamente.
Ela não parecia irritada pelas minhas palavras e simplesmente perguntou em voz baixa: "Por quê?"
Eu evitei respondê-la, o que a deixou muito brava. Ela jogou os talheres longe e gritou "você não é homem!" Naquela noite, nós não conversamos mais. Pude ouví-la chorando. Eu sabia que ela queria saber o motivo para o fim do nosso casamento. Mas eu não tinha uma resposta satisfatória para esta pergunta. O meu coração não pertencia mais a ela e sim a Jane. Eu simplesmente não a amava mais, sentia pena dela.
Me sentindo muito culpado, rascunhei um acordo de divórcio, deixando para ela a casa, nosso carro e 30% das ações da minha empresa.
Ela tomou o papel da minha mão e o rasgou violentamente. A mulher com quem vivi pelos últimos 10 anos se tornou uma estranha para mim. Eu fiquei com dó deste desperdício de tempo e energia mas eu não voltaria atrás do que disse, pois amava a Jane profundamente.
Finalmente ela começou a chorar alto na minha frente, o que já era esperado. Eu me senti libertado enquanto ela chorava. A minha obsessão por divórcio nas últimas semanas finalmente se materializava e o fim estava mais perto agora.
No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e a encontrei sentada na mesa escrevendo. Eu não jantei, fui direto para a cama e dormi imediatamente, pois estava cansado depois de ter passado o dia com a Jane.
Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada à mesa, escrevendo. Eu a ignorei e voltei a dormir.
Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: ela não queria nada meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela pediu que durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de forma mais natural possivel. As suas razões eram simples: o nosso filho faria seus exames escolares no próximo mês e precisava de um ambiente propício para prepar-se bem, sem os problemas de ter que lidar com o rompimento de seus pais.
Isso me pareceu razoável, mas ela acrescentou algo mais. Ela me lembrou do momento em que eu a carreguei para dentro da nossa casa no dia em que nos casamos e me pediu que durante os próximos 30 dias eu a carregasse para fora da casa todas as manhãs. Eu então percebi que ela estava completamente louca mas aceitei sua proposta para não tornar meus próximos dias ainda mais intoleráveis.
Eu contei para a Jane sobre o pedido da minha esposa e ela riu muito e achou a idéia totalmente absurda. "Ela pensa que impondo condições assim vai mudar alguma coisa; melhor ela encarar a situação e aceitar o divórcio" ,disse Jane em tom de gozação.
Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito tempo, então quando eu a carreguei para fora da casa no primeiro dia, foi totalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo "O papai está carregando a mamãe no colo!" Suas palavras me causaram constrangimento. Do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa, eu devo ter caminhado uns 10 metros carregando minha esposa no colo. Ela fechou os olhos e disse baixinho "Não conte para o nosso filho sobre o divórcio". Eu balancei a cabeça mesmo discordando e então a coloquei no chão assim que atravessamos a porta de entrada da casa. Ela foi pegar o ônibus para o trabalho e eu dirigi para o escritório.
No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu peito, eu senti o cheiro do perfume que ela usava. Eu então percebi que há muito tempo não prestava atenção a essa mulher. Ela certamente tinha envelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto, seu cabelo estava ficando fino e grisalho. O nosso casamento teve muito impacto nela. Por uns segundos, cheguei a pensar no que havia feito para ela estar neste estado.
No quarto dia, quando eu a levantei, senti uma certa intimidade maior com o corpo dela. Esta mulher havia dedicado 10 anos da vida dela a mim.
No quinto dia, a mesma coisa. Eu não disse nada a Jane, mas ficava a cada dia mais fácil carregá-la do nosso quarto à porta da casa. Talvez meus músculos estejam mais firmes com o exercício, pensei.
Certa manhã, ela estava tentando escolher um vestido. Ela experimentou uma série deles mas não conseguia achar um que servisse. Com um suspiro, ela disse "Todos os meus vestidos estão grandes para mim". Eu então percebi que ela realmente havia emagrecido bastante, daí a facilidade em carregá-la nos últimos dias.
A realidade caiu sobre mim com uma ponta de remorso... ela carrega tanta dor e tristeza em seu coração..... Instintivamente, eu estiquei o braço e toquei seus cabelos.
Nosso filho entrou no quarto neste momento e disse "Pai, está na hora de você carregar a mamãe". Para ele, ver seu pai carregando sua mão todas as manhãs tornou-se parte da rotina da casa.
Minha esposa abraçou nosso filho e o segurou em seus braços por alguns longos segundos. Eu tive que sair de perto, temendo mudar de idéia agora que estava tão perto do meu objetivo. Em seguida, eu a carreguei em meus braços, do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa. Sua mão repousava em meu pescoço. Eu a segurei firme contra o meu corpo. Lembrei-me do dia do nosso casamento. Mas o seu corpo tão magro me deixou triste.
No último dia, quando eu a segurei em meus braços, por algum motivo não conseguia mover minhas pernas. Nosso filho já tinha ido para a escola e eu me vi pronunciando estas palavras: "Eu não percebi o quanto perdemos a nossa intimidade com o tempo".
Eu não consegui dirigir para o trabalho.... fui até o meu novo futuro endereço, saí do carro apressadamente, com medo de mudar de idéia...Subi as escadas e bati na porta do quarto. A Jane abriu a porta e eu disse a ela: "Desculpe, Jane. Eu não quero mais me divorciar".
Ela olhou para mim sem acreditar e tocou na minha testa. "Você está com febre?" Eu tirei sua mão da minha testa e repeti: "Desculpe, Jane. Eu não vou me divorciar. Meu casamento ficou chato porque nós não soubemos valorizar os pequenos detalhes da nossa vida e não por falta de amor. Agora eu percebi que desde o dia em que carreguei minha esposa no dia do nosso casamento para nossa casa, eu devo segurá-la até que a morte nos separe."
A Jane então percebeu que era sério. Me deu um tapa no rosto, bateu a porta na minha cara e pude ouví-la chorando compulsivamente.
Eu voltei para o carro e fui trabalhar.
Na loja de flores, no caminho de volta para casa, eu comprei um buquê de rosas para minha esposa. A atendente me perguntou o que eu gostaria de escrever no cartão. Eu sorri e escrevi: "Eu te carregarei em meus braços todas as manhãs até que a morte nos separe".
Naquela noite, quando cheguei em casa, com um buquê de flores na mão e um grande sorriso no rosto, fui direto para o nosso quarto onde encontrei minha esposa deitada na cama:
Morta.
Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando há vários meses, mas eu estava muito ocupado com a Jane para perceber que havia algo errado com ela.
Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso filho dos efeitos de um divórcio e, prolongou a nossa vida juntos proporcionando ao nosso filho a imagem de nós dois juntos toda manhã.
Pelo menos aos olhos do meu filho, eu sou um marido carinhoso.
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Comentário:
Os pequenos detalhes de nossa vida são o que realmente contam num relacionamento. Não é a mansão, o carro, as propriedades, o dinheiro no banco. Estes bens criam um ambiente propício a felicidade mas não proporcionam mais do que conforto.
São as pequenas coisas que importam: um sorriso, um obrigado, uma palavra de carinho, dizer às vezes: como você está linda! Pedir desculpas, dar flores, dialogar sempre e... amar.
Portanto, encontre tempo para ser amigo de sua esposa.
Façam pequenas coisas um para o outro para manterem-se próximos e íntimos.
Muitos fracassados na vida são pessoas que não perceberam que estavam tão perto do sucesso e preferiram desistir...
Ah! Agora um grande e verdadeiro conselho: "Um casamento centrado em Cristo, é um casamento que dura uma vida toda!"
Tenham um casamento duradouro e feliz!

DEUS NUNCA NOS ABANDONA

Há muito tempo atrás, um certo homem havia sido preso por professar a sua fé. Dentro da prisão ele aguardava sua execução e chorava, porque nunca mais veria sua família. Somente porque ele queria levar a palavra de Deus a todos.
Nisso um anjo lhe apareceu e lhe disse:
- Por que sofres tanto, por acaso não crês mais?
- Ora, não há mais saída para mim, amanhã me julgarão de uma maneira injusta, serei condenado de qualquer maneira, sei que me darão dois papéis onde eu terei que escolher um que terá a minha sorte, eles dizem que se eu realmente estiver com Deus eu tirarei o papel escrito LIVRE. Porém eu sei que nos dois papéis só existe uma palavra escrita, CONDENADO, sendo assim qualquer um deles me matará!!!!
E o anjo respondeu:
- Não perturbe vosso coração, creia no Senhor, se conserve em oração durante toda essa noite, peça perdão e Ele lhe mandará a sua luz...
O homem então rezou a noite toda, pediu, e sossegou o seu coração; mas a saída não lhe aparecia, porém ele sabia que somente com o coração em paz poderia ouvir a Deus.
No dia seguinte foi encaminhado para o julgamento; ele se defendeu, mas, os outros o condenaram e lhe trouxeram os dois papeis, ele pegou um já sabendo o que estaria escrito; nisso uma luz enorme se apresentou diante dele e lhe disse aos ouvidos, coma o papel... Ele não hesitou e comeu.
Todos ficaram perplexos. Como saberiam o que estava escrito no papel se ele o engoliu!
- Ora, disse o homem, é fácil, leiam o outro papel, se lá estiver escrito CONDENADO, significa que engoli o papel escrito LIVRE...
Os homens da lei vendo que não podiam assumir suas culpas diante de todas as pessoas humildes presentes, foram obrigados a libertar naquele dia aquele homem que realmente se deixava guiar por DEUS.
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Comentário:
Por mais difícil que se apresente o problema, Deus sempre nos oferece uma saída.
Façamos a mesma coisa, ao invés de ficarmos lamentando, falando e pensando em coisas ruins, vamos firmar nossos pensamentos e principalmente o nosso coração em Jesus e permitir que somente Ele faça prodígios em nossa vida...

O EXERCÍCIO DA PACIÊNCIA

Em uma cidade do interior, havia um homem que nunca se irritava ou discutia com as pessoas.
Sempre encontrava uma saída cordial para resolver os problemas que apareciam e cuidava para não ofender ninguém.
Morava em uma modesta pensão, onde era admirado e muito bem quisto pela vizinhança.
Alguns amigos não se conformavam pelo fato de ele ser tão calmo, tão controlado.
Para testar sua paciência, um dia seus companheiros combinaram levá-lo à irritação e à discusão numa determinada noite em que o levariam para jantar em um restaurante da localidade.
Trataram todos os detalhes com a garçonete do restaurante, que seria responsável pelo atendimento à mesa
reservada para aquela ocasião.
A garçonete chegou ao seu lado e ele, prontamente, levou seu prato em direção à garçonete a fim de facilitar-lhe a tarefa de servi-lo.
Mas, ela serviu a todos os demais e, quando chegou a vez dele, foi para outra mesa.
Ele esperou calmamente e em silêncio que ela retornasse por ali.
Quando ela se aproximou novamente para recolher os pratos, ele levou outra vez seu prato em sua direção que, novamente, distanciou-se, ignorando-o.
Após servir a todos os demais, passou junto a ele, acintosamente, com a sopeira fumegante, exalando saboroso aroma, como quem havia concluído a tarefa, e retornou à cozinha.
Naquele momento não se ouvia qualquer ruído.
Todos o observavam discretamente para ver a sua reação.
Educadamente ele chamou a garçonete, que se voltou fingindo impaciência, e disse-lhe:
- O que o senhor deseja?
Ao que lhe respondeu, óbviamente:
- A senhora não me serviu a sopa.
Ela retrucou, para provocá-lo, desmentindo-o:
- Servi sim, senhor!
Ele olhou para ela, olhou para o prato vazio e limpo, e ficou pensativo por alguns segundos.
Todos pensaram que ele iria brigar.
Ficou aquele suspense e silêncio total.
Mas, o homem surpreendeu a todos que estavam presentes ali naquele lugar. Ponderando tranquilamente:
- A senhorita serviu sim. Desculpe-me, mas, eu aceitaria um pouco mais!
Os amigos, frustados, por não conseguir fazê-lo discutir e se irritar com a moça, terminaram o jantar convencidos de que nada mais faria com que aquele homem perdesse a compostura e a calma.
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Comentário:
Seria maravilhoso se todas as pessoas agissem sempre com discernimento em vez de reagir com irritação e impensadamente.
Para o protagonista principal dessa história não importava quem estava com a razão, somente importava evitar as discussões desgastantes e improdutivas que poderíam ocorrer. Quem age assim sai ganhando.
Para que brigar se você pode resolver as coisas pacificamente. Use a inteligência e o bom senso.
A pessoa que se irrita por qualquer coisa aspira o tóxico que exterioriza em volta e, envenena a si mesma.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

A RATOEIRA

Um pequeno ratinho vivia tranqüilamente em uma fazenda, sem ser incomodado.
Às vezes conseguia entrar no depósito da fazenda e mordiscava os queijos que a mulher do fazendeiro fazia.
Um dia, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote.
Pensou logo no tipo de queijo que poderia haver ali. Ao descobrir que era uma ratoeira, ficou aterrorizado.
Correu para o pátio da fazenda advertindo a todos:
- "Há uma ratoeira na casa! Há uma ratoeira na casa!"
A galinha, disse:
- "Desculpe Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas isso não me prejudica em nada; então, não me incomoda."
O rato, preocupado, foi até o porco e disse-lhe:
- "Senhor Porco, há uma ratoeira na casa! O que vamos fazer?"
- "Desculpe Sr. Rato - disse o porco - mas não há nada que eu possa fazer a não ser rezar pelo senhor. Fique tranqüilo que o senhor será lembrado nas minhas preces."
O rato, muito nervoso, dirigiu-se então, para a vaca.
Ela lhe disse:
- "O que Sr. Rato? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não... Isso não é problema meu!"
Então o rato voltou para a casa, cabisbaixo e abatido, para encarar a ratoeira do fazendeiro.
Naquela noite ouviu-se um barulho, como o de uma ratoeira pegando sua vítima.
A mulher do fazendeiro correu para ver o que a ratoeira havia pegado.
No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pegado a cauda de uma cobra venenosa, e a cobra picou a mulher.
O fazendeiro a levou imediatamente para o hospital.
Depois dos primeiros socorros ela voltou com muita febre para a fazenda.
Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha.
O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal: a galinha...
Os amigos do casal, sabendo do ocorrido, foram até a fazenda visitá-los.
Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco.
Infelizmente, a mulher piorou e acabou morrendo.
Como o casal era muito conhecido, muita gente veio para o velório.
O fazendeiro, então, sacrificou a vaca para alimentar todo aquele povo...
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Comentário:
Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema, e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que, quando há uma ratoeira na casa, toda a fazenda corre perigo.
Resumindo: o problema de um, pode ser de todos.
Não vire as costas para o problema dos outros. Um dia você pode precisar de ajuda também.
Seja solidário com o sofrimento dos outros... Tenha compaixão, assim como Jesus o teve.

O COELHO E O CACHORRO

Era uma vez dois vizinhos.
O primeiro vizinho comprou um coelhinho para os filhos. Os filhos do outro vizinho pediram também um bicho para os pais. O pai comprou um pastor alemão.
- "Mas ele vai comer o meu coelho." Diziam os filhos do primeiro vizinho, que preocupado foi falar com o seu amigo de cerca.
- "De jeito nenhum. Imagina, o meu pastor é filhote. Vão crescer juntos, pegar amizade. Entendo de bichos, não tem nenhum problema." Alegou o segundo vizinho.
E parece que o dono do cachorro tinha razão. Juntos os bichos cresceram e amigos ficaram. Era normal ver o coelho no quintal do cachorro e vice-versa.
Eis que o dono do coelho foi passar o final de semana na praia com a família e o coelho ficou sozinho.
Isso na sexta-feira. No domingo, de tardinha, o dono do cachorro e a família tomavam um lanche, quando entra o pastor alemão na cozinha.
Trazia o coelho entre os dentes, todo imundo, sujo de terra e é claro, morto.
Quase mataram o cachorro.
- "O vizinho estava certo... E agora meu Deus?"
A primeira providência foi bater no cachorro, escorraçar o animal, para ver ser ele aprendia um pouco de civilidade e boa vizinhança.
Mais algumas horas e os vizinhos iam chegar.
E agora? Todos se olhavam.
Não se sabe exatamente de quem partiu a idéia mas era infalível.
- "Vamos dar um banho no coelho, deixar ele bem limpinho, depois a gente seca com o secador e coloca na casinha dele no quintal.
Como o coelho não estava estraçalhado, na verdade não apresentava nenhum ferimento visível, assim o fizeram. Até perfume colocaram no falecido.
Ficou lindo, parecia vivo, diziam as crianças. E lá foi colocado, com as perninhas cruzadas como convém a um coelho cardíaco.
Umas três horas depois eles ouvem a vizinhança chegando. Notam o alarido das crianças.
- Descobriram! Não deram cinco minutos e o dono do coelho veio bater à porta do seu vizinho, branco, lívido, assustado. Parecia ter visto um fantasma.
- "O que foi? Que cara é essa?"
- "O Coelho... o Coelho..."
- "O que tem o coelho?"
- "Morreu!"
Todos disseram juntos: - "Morreu? Inda hoje parecia tão bem..."
- "Morreu na sexta-feira!" Falou asustado o dono do coelho.
- "Na sexta-feira...?" Exclamaram todos juntos, na casa do dono do pastor alemão.
- "Foi. E antes da gente viajar as crianças o enterraram no fundo do quintal..."
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Comentário:
A história termina aqui.
O que aconteceu depois não importa, mas o personagem que mais sofreu nesta estória é o cachorro.
Imagina o pobre do cachorro que desde a sexta-feira procurava em vão pelo amigo de infância. E, depois de muito farejar descobre o corpo do seu querido amigo, o coelho.
O que ele faz?
Provavelmente com o coração partido desenterra o pobrezinho e vai todo feliz o mostrar para os seus donos, quando começa a levar pancada de tudo quanto é lado.
O cachorro é o coitado da estória. O errado é o dono do cachorro, o ser humano.
Para nós o cachorro é o irracional, o assassino confesso.
E o ser humano continua achando que um banho, um secador de cabelo, e um perfume disfarça a sua hipocrisia.
Julgamos os outros pela aparência, como melhor nos convier. Sem termos todas as condições para efetuar tal julgamento.
É assim que acontece no dia-a-dia de nossas vidas. Quantas vezes julgamos alguém pelo seu modo de vestir, pelo seu penteado etc.
Quantas vezes julgamos as pessoas sem ao menos conhecê-las a fundo, sem sabermos o por que age de certa forma ou o por que vive triste ou se esquiva de um contato maior com os outros.
Nós seres humanos, não podemos julgar ninguém, em nenhuma situação, pois nunca saberemos exatamente o motivo ou a situação que leva alguém a agir de uma determinada forma que foge aos nossos padrões.
Só Deus sabe o que vai no coração das pessoas, as oportunidades que elas tiveram ou não, para seguirem um caminho diferente do nosso.
Só Deus pode nos julgar... E ainda bem que sempre o faz de forma muito mais misericordiosa do que nós.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A LENDA

Certa lenda conta que duas crianças estavam patinando em cima de um lago congelado. Era uma tarde nublada e fria e as crianças brincavam sem preocupação. De repente, o gelo se quebrou e uma das crianças caiu na água. A outra vendo que seu amiguinho se afogava debaixo do gelo, pegou uma pedra e começou a golpear com todas as suas forças, conseguindo quebrá-lo e salvar seu amigo.
Quando os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido, perguntaram ao menino:
- "Como você conseguiu fazer isso? É impossível que você tenha quebrado o gelo com essa pedra e suas mãos tão pequenas!"
Nesse instante apareceu um ancião e disse:
- "Eu sei como ele conseguiu!"
Todos perguntaram: - "Como?"
O ancião respondeu:
- "Não havia ninguém ao seu redor para dizer-lhe que ele não seria capaz."
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Comentário do Blog:
Muitas vezes achamos que não somos capazes de realizar algo, mas nos esquecemos que tudo é possível se acreditarmos.
O próprio Jesus nos deu um grande ensinamento a esse respeito, quando se cercou de homens humildes e até rudes, aos quais confiou a grande missão de propagar o Seu Evangelho a todos os povos.
"Deus não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos."
Como dizia Albert Einstein: "Se podes imaginar, podes conseguir."
Acredite...

terça-feira, 21 de setembro de 2010

AS ATITUDES DAS ESCOLHAS CERTAS

Luiz é o tipo de cara que você gostaria de conhecer. Ele estava sempre de bom humor e sempre tinha algo de positivo para dizer.
Se alguém lhe perguntasse como ele estava, a resposta seria logo: -"Ah...Se melhorar estraga."
Ele era gerente especial em um restaurante, pois seus garçons o seguiam de restaurante em restaurante apenas pela suas atitudes. Ele era um motivador nato.
Se um colaborador estava tendo um dia ruim, Luiz estava sempre dizendo como ver o lado positivo da situação.
Fiquei tão curioso com seu estilo de vida que um dia lhe perguntei:
-"Você não pode ser uma pessoa positiva todo o tempo. Como faz isso?"
Ele me respondeu:
-"A cada manhã, ao acordar, digo para mim mesmo: Luiz, você tem duas escolhas hoje, pode ficar de bom humor ou de mau humor. Eu escolho ficar de bom humor."
Cada vez que algo ruim acontece, posso escolher bancar a vítima ou aprender alguma coisa com o ocorrido. Eu escolho aprender algo.
Toda vez que alguém reclamar, posso escolher aceitar a reclamação ou mostrar o lado positivo da vida.
-"Certo, mas não é fácil." Argumentei.
-"É fácil sim." Disse-me Luiz.
A vida é feita de escolhas. Quando você examina a fundo, toda situação sempre oferece escolha. Você escolhe como reagir às situações.
Você escolhe como as pessoas afetarão o seu humor. É a sua escolha de como viver sua vida.
Eu pensei sobre o que o Luiz disse e sempre lembrava dele quando fazia uma escolha.
Anos mais tarde, soube que Luiz um dia cometera um erro, deixando a porta de serviço do restaurante, aberta pela manhã. Foi rendido por assaltantes.
Dominado, e enquanto tentava abrir o cofre, sua mão tremendo pelo nervosismo, desfez a combinação do segredo. Os ladrões entraram em pânico e atiraram nele.
Por sorte, foi encontrado a tempo de ser socorrido e levado para um hospital...
Depois de 18 horas de cirurgia e semanas de tratamento intensivo, teve alta ainda com fragmentos de balas alojadas em seu corpo.
Encontrei Luiz mais ou menos por acaso.
Quando lhe perguntei como estava, respondeu:
-"Se melhorar, estraga."
Contou-me o que havia acontecido, perguntando:
-"Quer ver as minhas cicatrizes?"
Recusei ver seus ferimentos, mas perguntei-lhe o que havia passado em sua mente na ocasião do assalto.
-"A primeira coisa que pensei foi que deveria ter trancado a porta de trás." Respondeu.
-"Então, deitado no chão, ensanguentado, lembrei que tinha duas escolhas." Falou ele.
-"Poderia viver ou morrer. Escolhi viver!
-"Você não estava com medo?" Perguntei.
-"Os para-médicos foram ótimos. Eles me diziam que tudo ia dar certo e que eu ia ficar bom. Mas quando entrei na sala de emergência e vi a expressão dos médicos e enfermeiras, fiquei apavorado.
Em seus lábios eu lia: 'Esse aí já era'.
Decidi então, que tinha que fazer algo."
-"O que fez?" Perguntei.
-"Bem, havia uma infermeira que fazia muitas perguntas. Perguntou-me se eu era alérgico a alguma coisa.
Eu respondi que sim. Todas pararam para ouvir a minha resposta.
Tomei fôlego e gritei: 'Sou alérgico a balas!'
Entre risadas lhes disse: 'Eu estou escolhendo viver, operem-me como um ser vivo, não como um morto."
Luiz sobreviveu graças à persistência dos médicos... Mas sua atitude é que os fez agir dessa maneira.
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Comentário do Blog:
Todos os dias, não importa como eles sejam, temos sempre a opção de viver plenamente... Ou não.
Fazer as escolhas certas, nos livra de sofrimentos desnecessários e nos torna mais confiantes em nós mesmos, além de evitar a angústia do arrependimento mais tarde.
Peça sempre a Deus para que você tenha a ATITUDE DA ESCOLHA CERTA !

sábado, 18 de setembro de 2010

CICATRIZES

Há alguns anos, em um dia quente de verão, um pequeno menino decidiu ir nadar no lago que havia atrás de sua casa. Na pressa de mergulhar na água fresca, foi correndo e deixando para trás os sapatos, as meias e a camisa. Voou para a água, não percebendo que enquanto nadava para o meio do lago, um jacaré estava deixando a margem e entrando na água. Sua mãe, em casa, abservava o filho pela janela quando viu o jacaré aproximando-se do menino. Ela saiu correndo para o lago, gritando para seu filho o mais alto que conseguia. Ouvindo sua voz, o pequeno se alarmou, deu um giro e começou a nadar de volta ao encontro da mãe. Mas era tarde... Assim que ela o alcançou, o jacaré também o pegou.
A mãe agarrou seu menino pelos braços enquanto o jacaré agarrou seus pés. Começou então, um cabo-de-guerra incrível entre os dois. O jacaré era muito mais forte do que a mãe, mas a mãe era por demais apaixonada pelo seu filho para deixá-lo ir. E começou a gritar, a pedir socorro.
Um fazendeiro que passava por perto ouviu os gritos, pegou uma arma e disparou contra o jacaré. De forma impressionante, após semanas e semanas no hospital, o pequeno menino sobreviveu.
Seus pés ficaram extremamente machucados pelo ataque do animal e, em seus braços, os riscos profundos onde as unhas de sua mãe estiveram cravadas, no esforço de segurar o filho que ela tanto amava.
Um repórter de jornal que entrevistou o menino após o trauma, perguntou-lhe se podia mostrar as cicatrizes deixadas pelos dentes do jacaré. O menino mostrou seus pés e, então, com grande orgulho, disse ao repórter:
- "Mas olhe em meus braços! Eu tenho cicatrizes em meus braços também! Eu as tenho porque minha mãe não deixou eu ir." 
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Comentário:
Você e eu podemos nos identificar com esse pequeno menino. Nós também temos muitas cicatrizes. Não, não a de um jacaré ou qualquer coisa assim tão dramática, mas as cicatrizes de um passado doloroso. Algumas delas são feias e causam-nos profunda dor.
Mas, algumas feridas, meu amigo, minha amiga, são porque Deus se recusou a nos deixar ir. E enquanto você se esforçava, Ele estava lhe segurando.
E se hoje o momento é difícil, talvez o que esteja lhe causando dor seja Deus cravando-lhe Suas unhas para não lhe deixar ir. Lembre-se do jacaré e muito mais...
Lembre-se d'Aquele que mesmo em meio a tantas lutas nunca vai lhe abandonar e, certamente, vai fazer o que for necessário para não lhe perder, ainda que para isso seja preciso deixar-lhe cicatrizes.

O MESTRE

Desejando encorajar o progresso de seu pequeno filho ao piano, uma mãe resolveu levá-lo a um concerto de Paderewski.
Tão logo se sentaram, a mãe avistou uma amiga na platéia e foi até ela para cumprimentá-la. Antes, recomendou ao filho que aguardasse sentado em seu lugar.
Com tantas novidades à sua volta, o menino logo esqueceu as recomendações da mãe e começou a admirar as maravilhas daquele teatro tão bonito. Levantou-se e resolveu explorar um pouco mais, até chegar a uma pequena porta onde estava escrito: "Proibida Entrada".
Quando as luzes diminuíram e o concerto estava prestes a começar, a mãe retornou ao seu lugar e percebeu que seu filho não estava lá. Nesse momento, as cortinas se abriram e as luzes iluminaram um imponente piano Steinway no centro do palco. Horrorizada, a mãe viu seu filho sentado ao teclado, inocentemente catando as notas de "Cai, cai, balão".
Naquele momento, o grande mestre de piano entrou no palco e, dirigindo-se rapidamente ao piano, sussurrou no ouvido do menino:
- "Não pare, continue tocando".
Então inclinou-se Paderewski, estendeu sua mão esquerda e começou a fazer o acompanhamento da música. Logo, colocou a mão direita ao redor do menino e sustentou a meolodia. Juntos, o velho mestre e o jovem aprendiz transformaram uma situação embaraçosa em uma experiência maravilhosamente criativa. O público, que no início ficou perplexo, aplaudiu emocionado.
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Comentário:
É assim que são as coisas com Deus. O que podemos conseguir sozinhos? Fazemos o melhor possível mas os resultados não são exatamente como uma música graciosamente fluida. Mas, com a ajuda das mãos do Mestre, as obras de nossas vidas podem ser verdadeiramente grandiosas.
Na próxoma vez que você pretender realizar grandes feitos, ouça atentamente, preste atenção... Você poderá ouvir a voz do Mestre sussurrando em seu ouvido:
- "Não pare, continue tocando."
Sinta Seus braços amorosos ao seu redor. Saiba que suas fortes mãos estão tocando o concerto de sua vida.
Lembre-se: Deus não escolhe aqueles que são capacitados. Ele capacita aqueles que são escolhidos.
Ele sempre estará lá, ao seu lado, para amá-lo e guiá-lo. Basta você deixar Ele te conduzir.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

POR QUE PERDOAR?

Um dia Paulinho voltou da escola muito bravo, fazendo o maior barulho pela casa. Seu pai, percebeu a irritação e chamou-o para uma conversa. Meio desconfiado e sem dar muito tempo ao pai, Paulinho falou irritado:
- "Olha pai, eu estou com uma tremenda raiva do Pedrinho. Ele fez algo que não deveria ter feito. Espero que ele leve a pior. O pedrinho me humilhou na frente de todo mundo. Não quero mais vê-lo. E espero que ele adoeça e não possa mais ir à escola.
Para surpresa de Paulinho, seu pai nada disse. Apenas foi até a garagem e pegou um saco de carvão e dirigiu-se para o fundo do quintal e lhe sugeriu:
- "Filho, está vendo aquela camisa branca no varal? Vamos fazer de conta que ela é o Pedrinho. E que cada pedaço de carvão é um pensamento seu em relação a ele. Descarregue toda a sua raiva nele, atirando o carvão do saco na camisa, até não sobrar mais nada. Daqui a pouco eu volto, para ver se você gostou, certo?"
O filho achou deliciosa a brincadeira proposta pelo pai e começou. Como era pequeno e estava um pouco longe da camisa, mal conseguia acertar o alvo.
Após uma hora, ele já estava exausto, mas a tarefa estava cumprida. O pai, que o observava de longe, aproximou-se e perguntou:
- "Filho, como está se sentindo agora?"
- "Isso me deu a maior canseira, mas olhe, consegui acertar muitos pedaços na camisa." Disse Paulinho, orgulhoso de si.
O pai olhou para o filho, que até então não havia entendido a razão daquela brincadeira, e disse carinhosamente:
- "Venha comigo até o quarto, pois quero lhe mostrar uma coisa."
Ao chegar no quarto, colocou o filho diante de um grande espelho, que ficou sem entender nada. Quando olhou para sua imagem, ficou assustado ao ver que estava todo sujo de fuligem. Tão imundo que só conseguia enxergar seus dentes e os pequenos olhos.
O pai então lhe explicou:
- "Veja como você ficou, meu filho. A camisa que você tentou sujar está mais limpa que você. Assim é a vida. O mal que desejamos aos outros retorna para nós próprios. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos ou mesmo atitudes, os resíduos, as fuligens e as manchas, ficam sempre em nós mesmos."
Antonio Roberto Alaguera
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Comentário do Blog:
Muitas vezes sofremos na vida porque fizemos ou desejamos algo de ruim à alguém, ou ainda quando ficamos irados quando alguém nos fez algum mal e ficamos remoendo aquilo, pensando em alguma forma de vingança.
A nossa consciência é o nosso maior juiz e nos julga e condena sem contemplação. Aí sofremos com o remorso, com a culpa, com a dor da consciência. Só voltamos a ficar aliviados, quando pedimos perdão e/ou perdoamos a esse alguém.
O próprio Jesus Cristo nos ensinou a perdoarmos sempre, com certeza Ele sabia que a falta de perdão faz mais mal a quem não perdoa do que a quem não é perdoado.
Nunca deseje mal a alguém, deixe o outro com os seus próprios problemas, pois quem tenta fazer algo de ruim a alguém, com certeza não é feliz. Pois quem é feliz, jamais pensa essas coisas.
Perdoe sempre!

O NÓ DO AFETO

Em uma reunião de pais, numa escola da periferia, a diretora incentivava o apoio que os pais devem dar aos filhos. Pedia-lhes, também, que se fizessem presentes o máximo de tempo possível.
Ela entendia que, embora a maioria dos pais e mães daquela comunidade trabalhassem fora, deveriam achar um tempinho para se dedicar e entender as crianças.
Mas, a diretora ficou muito surpresa quando um pai se levantou e explicou, com seu jeito humilde, que ele não tinha tempo de falar com o filho, nem de vê-lo durante a semana.
Quando ele saía para trabalhar, era muito cedo e o filho ainda estava dormindo. Quando voltava do serviço era muito tarde e o garoto não estava mais acordado.
Explicou, ainda, que tinha de trabalhar assim para prover o sustento da família.
Mas ele contou, também, que isso o deixava angustiado por não ter tempo para o filho e que tentava se redimir indo beijá-lo todas as noites quando chegava em casa. E, para que o filho soubesse da sua presença, ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria.
Isso acontecia, religiosamente, todas as noites quando ia beijá-lo. Quando o filho acordava e via o nó, sabia, através dele, que o pai tinha estado ali e o havia beijado.
O nó era o meio de comunicação entre eles.
A diretora ficou emocionada com aquela história singela e emocionante. E ficou surpresa quando constatou que o filho desse pai era um dos melhores alunos da escola.
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Comentário:
O fato nos faz refletir sobre as muitas maneiras de um pai ou uma mãe se fazer presente na vida de um filho e de se comunicar com ele. Aquele pai encontrou a sua, simples, mas eficiente.
E o mais importante é que o filho percebia, através do nó afetivo, o que o pai estava lhe dizendo.
Por vezes, nos importamos tanto com a forma de dizer as coisas e esquecemos do principal, que é a comunicação através do sentimento.
Simples gestos como um beijo e um nó na ponta do lençol, valiam, para aquele filho, muito mais que presentes ou desculpas vazias.
É válido, que nos preocupemos com os nossos filhos, mas é importante que eles saibam, e sintam isso.
Para que haja a comunicação é preciso que os filhos "ouçam" a linguagem do nosso coração, pois em matéria de afeto os sentimentos sempre falam mais alto que as palavras.
É por essa razão que um beijo, revestido do mais puro afeto, cura a dor de cabeça, o arranhão no joelho, o ciúme do bebê que roubou o colo, o medo de escuro etc.
A criança pode não entender o significado de muitas palavras, mas sabe registrar um gesto de amor. Mesmo que esse gesto seja apenas um nó. Um nó cheio de afeto e carinho.
E você, pai, mãe? Já deu algum nó afetivo no lençol do seu filho hoje?  Pense nisso...!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

POR QUE AS PESSOAS GRITAM?

Um dia, um pensador indiano fez a seguinte pergunta aos seus discípulos:
- "Por que é que as pessoas gritam quando estão aborrecidas com alguém?"
- "Gritamos porque perdemos a calma." Disse um deles.
- "Mas por que gritar quando a outra pessoa está a seu lado?" Questionou novamente o pensador.
- "Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça." Retrucou outro discípulo.
E o mestre volta a perguntar:
- "Então não é possível falar-lhe em voz baixa, já que a pessoa está ao nosso lado?"
Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador.
Então ele esclareceu:
- "Vocês sabem por que se grita com uma pessoa quando se está aborrecido com ela? O fato é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, os seus corações afastam-se muito. Para cobrir esta distância, precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente. Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para se ouvir um ao outro, através da grande distância.
Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão enamoradas? Elas não gritam. Falam suavemente. E por quê? Porque os seus corações estão muito perto. A distância entre elas é pequena. Às vezes estão tão próximos os seus corações, que nem falam, somente sussurram.
Quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer sussurrar, apenas se olham, e basta. Os seus corações entendem-se. É issso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas."
Por fim o pensador concluiu, dizendo:
- "Quando vocês discutirem com alguém, não deixem que os seus corações se afastem. Não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta."
Mahatma Gandhi
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Comentário do Blog:
A distância entre pessoas permite que o esquecimento tome lugar.
A distância entre os corações, permite que a indiferença tome lugar.
Só o amor é capaz de aproximar os corações, seja entre pais e filhos, esposo e esposa, seja entre irmãos ou mesmo entre amigos.
Por isso ame a todos que se achegarem de você. Isso só fará bem para você. No mínimo, para seus ouvidos...

A ÚLTIMA TAREFA

Um velho carpinteiro estava pronto para se aposentar.
Ele contou ao patrão sobre seus planos de deixar as atividades ligadas à construção de casas e aproveitar a vida ao lado da família.
Embora tivesse uma vida modesta, mas mesmo assim resolvera parar.
O patrão ficou bastante contrariado por estar perdendo um empregado exemplar, mas, aceitou o seu pedido. No entanto, como último favor pessoal, pediu o seu empenho na construção de apenas mais uma casa.
O velho carpinteiro concordou, mas seu coração não estaria presente naquele trabalho.
Ele trabalhou sem entusiasmo, meio relaxado e sem muita atenção, permitiu por negligência, que usassem inclusive materiais de má qualidade na obra.
Foi uma forma infeliz de terminar uma bela carreira.
Quando o carpinteiro concluiu seu trabalho, o patrão esteve no local para inspecionar a casa. Ele, então, passou a chave do imóvel para o carpinteiro e disse:
- "Esta casa é sua. É um presente meu para você, em agradecimento pela dedicação que tiveste nesses anos todos que trabalhaste comigo."
O carpinteiro ficou chocado. Não sabia o que dizer. Que vergonha!
Se ele soubesse que estava construindo a sua própria casa, faria tudo diferente...
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Comentário:
Assim acontece conosco. Nós muitas vezes, construímos nossas vidas dia após dia, colocando menos do que poderíamos em nossas obras e temos que viver nessa "casa" que construímos.
Se possível, faríamos muitas coisas de forma diferente.
Nós somos os carpinteiros na construção de nossas vidas. A cada dia batemos um prego, ajeitamos uma tábua, erguemos uma parede. Por isso devemos fazer tudo com amor e dedicação como se estivésemos fazendo para o próprio Deus.
Nossas atitudes e escolhas de hoje, irão construir a "casa" em que viveremos amanhã.

sábado, 11 de setembro de 2010

A CAIXA DE PRESENTE

Há algum tempo atrás uma mãe puniu sua filha de 5 anos de idade por estragar um rolo de papel dourado a fim de decorar uma caixa, a ser colocada sob a Árvore de Natal.
Na manhã seguinte à noite de Natal, a menina trouxe a caixa e entregou à mãe dizendo:
- Isto é para você, mamãe.
A mãe ficou embaraçada por sua reação precipitada, mas sua raiva aflorou, novamente, quando viu que a caixa estava vazia. Falou rudemente com a menina:
- Você não sabe que quando se presenteia alguém é esperado que haja alguma coisa dentro do pacote ?
A menina olhou-a em lágrimas e disse:
- Oh, não está vazia, mamãe. Eu soprei dentro dela, até ficar cheia de beijos !
A mãe ficou arrazada. Ajoelhou e pedindo perdão por sua ira irracional, abraçou-a com ternura.
Um acidente tirou a vida da menina pouco tempo depois e é sabido que a mãe guardou aquela caixa dourada perto de sua cama por todos os anos de sua vida .
Sempre que estava deprimida ou tinha de enfrentar problemas, ela abria a caixa e imaginariamente tirava um beijo e lembrava o amor da criança que o colocou lá.
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Comentário do Blog:
Verdadeiramente, cada um de nós, seres humanos, tem recebido uma caixa dourada repleta do amor de nossos filhos, família, amigos e de DEUS.
Não há maior tesouro a se possuir.
Mas...Como você tem reagido ao abrir a caixa ?

A IMPORTÂNCIA DE DIZER A TEMPO, TE AMO!

Depois de 21 anos de casado, descobri uma nova maneira de manter viva a chama do amor.
Há pouco tempo decidi sair com outra mulher. Na realidade foi idéia da minha esposa.
- "Você sabe que a ama."
Disse-me minha esposa um dia, pegando-me de surpresa.
- "A vida é muito curta, você deve dedicar especial tempo a essa mulher..."
- "Mas, eu te amo!"
Protestei à minha mulher.
- "Eu sei. Mas, você também a ama. Tenho certeza disto."
A outra mulher, a quem minha esposa queria que eu visitasse, era minha mãe, que já era viúva há 19 anos, mas as exigências do meu trabalho e de meus 3 filhos, faziam com que eu a visitasse ocasionalmente.
Essa noite a convidei para jantar e ir ao cinema.
- "O que é que você tem? Você está bem?"
Perguntou-me ela, após o convite (minha mãe é o tipo de mulher que acredita que uma chamada tarde da noite, ou um convite surpresa é indício de más notícias) .
- "Pensei que seria agradável passar algum tempo contigo."
Respondi a ela .
- "Só nós dois; o que acha?"
Ela refletiu por um momento.
- "Me agradaria muitíssimo."
Disse ela sorrindo.
Depois de alguns dias, estava dirigindo para pegá-la depois do trabalho, estava um tanto nervoso, era o nervosismo que antecede a um primeiro encontro...
E que coisa interessante, pude notar que ela também estava muito emocionada. Esperava-me na porta com seu casaco, havia feito um penteado e usava o vestido com que celebrou seu último aniversário de bodas. Seu rosto sorria e irradiava luz como um anjo.
- "Eu disse a minhas amigas que ia sair com você, e ficaram muito impressionadas."
Comentou ela, enquanto subia no carro.
Fomos a um restaurante não muito elegante, mas, sim, aconchegante, minha mãe se agarrou ao meu braço como se fosse "a primeira dama".
Quando nos sentamos, tive que ler para ela o menu. Seus olhos só enxergavam grandes figuras. Quando estava pela metade das entradas, levantei os olhos; mamãe estava sentada do outro lado da mesa, e me olhava fixamente. Um sorriso nostálgico se delineava nos seus lábios.
- "Era eu quem lia o menu quando você era pequeno."
Disse-me.
- "Então é hora de relaxar e me permitir devolver o favor." Respondi.
Durante o jantar tivemos uma agradável conversa. Nada extraordinário, só colocando em dia a vida um para o outro. Falamos tanto que perdemos o horário do cinema.
- "Sairei contigo outra vez, mas só se me deixares fazer o convite."
Disse minha mãe quando a levei para casa. E eu concordei.
- "Como foi teu encontro?"
Quis saber minha esposa quando cheguei aquela noite.
- "Muito agradável... Muito mais do que imaginei..."
Dias mais tarde minha mãe faleceu de um infarte fulminante, tudo foi tão rápido, não pude fazer nada.
Depois de algum tempo recebi um envelope com cópia de um cheque do restaurante de onde havíamos jantado minha mãe e eu, e uma nota que dizia:
“O jantar que teríamos paguei antecipado, estava quase certa de que poderia não estar ali, por isso paguei um jantar para ti e para tua esposa. Jamais poderás entender o que aquela noite significou para mim. Te amo.”
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Comentário do Blog:
É muito importante dizer a tempo: "TE AMO" e de dar a nossos entes queridos o espaço que merecem.
Nada na vida será mais importante que Deus e tua família, dedique tempo a eles, porque eles não devem e não podem esperar.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

ONDE ESTÁ A POBREZA...?

Um dia, um pai de família rica, grande empresário, levou seu filho para viajar até um lugarejo, com o firme propósito de mostrar o quanto as pessoas podem ser pobres.
O objetivo era convencer o filho da necessidade de valorizar os bens materiais que possuía, o status, o prestígio social.
O pai queria desde cedo passar esses valores para seu herdeiro.
Eles ficaram um dia e uma noite numa pequena casa de taipa, de um morador da fazenda de seu primo...
Quando retornavam da viagem, o pai perguntou ao filho:
- E aí, filhão, como foi a viagem para você?
- Muito boa, papai.
- Você viu a diferença entre viver com riqueza e viver na pobreza?
- Sim pai! Retrucou o filho, pensativamente.
- E o que você aprendeu, com tudo o que viu naquele lugar tão paupérrimo?
O menino respondeu:
- É pai, eu vi que nós temos só um cachorro em casa, e eles têm quatro. Nós temos uma piscina que alcança o meio do jardim, eles têm um riacho que não tem fim.
Nós temos uma varanda coberta e iluminada com lâmpadas fluorescentes e eles têm as estrelas e a lua no céu.
Nosso quintal vai até o portão de entrada e eles têm uma floresta inteirinha.
Nós temos alguns canários em uma gaiola eles têm todas as aves que a natureza pode oferecer-lhes, soltas!
O filho suspirou e continuou:
- E além do mais papai, observei que eles oram antes de qualquer refeição, enquanto que nós em casa, sentamos à mesa falando de negócios, dólar, eventos sociais, daí comemos, empurramos o prato e pronto!
No quarto onde fui dormir com o Tonho, passei vergonha, pois não sabia sequer orar, enquanto que ele se ajoelhou e agradeceu a Deus por tudo, inclusive a nossa visita na casa deles. Lá em casa, vamos para o quarto, deitamos, assistimos televisão e dormimos.
Outra coisa, papai, dormi na rede do Tonho, enquanto que ele dormiu no chão, pois não havia uma rede para cada um de nós. Na nossa casa colocamos a Maristela, nossa empregada, para dormir naquele quarto onde guardamos entulhos, sem nenhum conforto, apesar de termos camas macias e cheirosas sobrando.
Conforme o garoto falava, seu pai ficava estupefato, sem graça e envergonhado.
O filho na sua sábia ingenuidade e no seu brilhante desabafo, levantou-se, abraçou o pai e ainda acrescentou:
- Obrigado papai, por me haver mostrado o quanto nós somos pobres!
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Comentário do Blog:
Não é o que você tem, onde está ou o que faz, que irá determinar a sua felicidade. A felicidade está na simplicidade, na ingenuidade e na pureza do coração.

DEUS É COMO AÇÚCAR

Um certo dia, um professor, em uma escola, resolveu falar sobre Deus com seus alunos. Queria saber qual a idéia que seus alunos tinham sobre Deus.
Chegando na sala de aula, perguntou se as crianças conheciam Deus, e elas responderam que sim.
Continuou a sua indagação, perguntando como elas O conheciam. Algumas responderam que Deus é o nosso Pai do Céu. E continuaram: "Ele fez o céu, a terra e o mar e tudo o que neles existe. E nos fez como filhos Dele.
O professor, ficou impressionado com a resposta dos alunos e foi mais longe:
- "Como vocês sabem que Deus existe, se nunca O viram?"
A sala ficou toda em silêncio, mas Pedro, um menino muito tímido levantou a mãozinha e disse:
- "A minha mãe me disse que Deus é como o açúcar no meu leite que ela faz todas as manhãs. Eu não vejo o açúcar que está dentro da caneca, no meio do leite, mas se ela tirasse ele, o leite ficaria sem sabor. Assim é Deus, Ele existe e está sempre no meio de nós, só que não O vemos, mas se Deus sair de perto, nossa vida fica sem sabor..."
O professor sorriu e disse:
- "Muito bem Pedro, eu agora sei que Deus é o nosso açúcar e que está todos os dias adoçando a nossa vida." Agradeceu aos alunos e saiu da sala com um sorriso no rosto, satisfeito com a resposta daquela criança.
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Comentário do Blog:
É...meus amigos, muitos irmãos nossos nessa vida, vivem sem Deus e por isso tornam suas vidas em vidas amargas, sem sabor e sem graça.
Acredite, mesmo que você não perceba, Deus está sempre a seu lado e se você permitir, dentro de seu coração, transformando sua vida aos poucos, fazendo com que o seu dia seja mais suave, mais doce, mais feliz.
Entregue-se inteiramente a Ele. Deixe que Ele habite em seu coração, de forma a adoçá-lo cada vez mais.

NÃO SE ESQUEÇA DO PRINCIPAL...

Uma certa mulher pobre com uma criança no colo, passando diante de uma caverna escutou um a voz misteriosa que lá de dentro lhe dizia:
- "Entre e apanhe tudo o que você desejar, mas, não se esqueça do principal. Lembre-se porém de uma coisa: depois que você sair, a porta se fechará para sempre. Portanto, aproveite a oportunidade, mas, não se esqueça do principal..."
A mulher muito curiosa, entrou na caverna e encontrou muitas riquezas. Fascinada pelo ouro e pelas jóias, pôs a criança no chão e começou a juntar, ansiosamente, tudo o que podia no seu avental. A voz misteriosa falou novamente:
- "Você agora só tem oito minutos."
Esgotados os oito minutos, a mulher carregada de ouro e pedras preciosas, correu para fora da caverna e a porta se fechou...
Lembrou-se então,  que a criança tinha ficado lá dentro e a porta já estava fechada, para sempre.
A riqueza durou pouco, mas, o desespero, para sempre.
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Comentário:
O mesmo acontece, às vezes, conosco. Temos uns oitenta anos para viver neste mundo, e uma voz sempre nos adverte: -"Não se esqueça do principal!"
E o principal são os valores espirituais, a oração, a vigilância, a vida, o amor, enfim, Deus!
Mas, a ganância, a riqueza, os prazeres marteriais, a auto-suficiência, nos fascinam tanto que o primcipal vai ficando sempre de lado... Assim esgotamos o nosso tempo aqui, e dixamos de lado o essencial: "Os tesouros da alma."
Devemos nos alertar e abrirmos nossos olhos, de forma a que não esqueçamos jamais, que a vida, neste mundo, passa breve e que a morte chega de inesperado. E quando a porta desta vida se fechar para nós, de nada valerão as lamentações.
Portanto, "Não se esqueça do principal!"

NÃO É ENGRAÇADO...?

Não é engraçado como R$10,00 parece tanto quando o levamos à igreja e tão pouco quando vamos ao shopping?
Não é engraçado como uma hora é tão longa quando servimos a Deus, mas tão curta quando assistimos a um jogo de futebol ou nos divertimos?
Não é engraçado como duas horas na igreja parecem mais longas do que quando assistimos a um filme?
Não é engraçado como não achamos as palavras quando oramos, mas elas estão sempre na ponta da língua para conversarmos com um amigo?
Não é engraçado como ficamos excitados quando um jogo vai para a prorrogação, mas reclamamos quando o sermão da Missa dura mais que o normal?
Não é engraçado que achamos cansativo ler um capítulo da Bíblia, mas achamos tão fácil ler 100 páginas do último romance de sucesso?
Não é engraçado como queremos sempre as cadeiras da frente no teatro ou num show, mas sempre sentamos no fundo da igreja?
Não é engraçado como precisamos de 2 ou 3 semanas de antecedência para agendar um compromisso na igreja, mas para outros programas, estamos sempre disponíveis?
Não é engraçado como temos dificuldade de aprender a evangelizar mas, como temos facilidade para aprender e contar a última fofoca?
Não é engraçado como acreditamos em tudo que sai nos jornais mas, questionamos várias coisas da Bíblia?
Não é engraçado como sentimos vergonha de conversar sobre religião ou mesmo de dizer que somos católicos numa roda de amigos mas, nos sentimos à vontade para julgarmos a vida alheia?
Não é engraçado como mandamos milhares de piadas pelo e-mail, que se espalham como um incêndio mas, quando são mensagens sobre o Senhor, as mandamos para poucos amigos mais íntimos?
Não é engraçado como todo mundo quer ir para o céu, desde que não tenha que acreditar, dizer ou fazer nada?
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Comentário do Blog:
É queridos amigos e amigas, será que nos enquadramos em algum dos ítens acima? Se sim, será que não devemos nos preocupar mais com as coisas de Deus, e dar a Deus o valor e o lugar que Ele merece em nossas vidas?

O CORAÇÃO BELO

Um jovem estava no centro da cidade, proclamando ter o coração mais belo da região. Uma multidão o cercou e todos admiravam o seu coração. Não havia marca alguma ou qualquer outro defeito. Todos concordavam que aquele era o coração mais belo que já tinham visto.
O jovem ficou muito orgulhoso por seu belo coração.
De repente, um velho apareceu diante da multidão e disse:
- "O coração desse jovem não é tão bonito quanto o meu!"
A multidão e o jovem olharam para o coração do velho, que estava batendo com vigor, mas tinha muitas cicatrizes. Havia locais em que pedaços tinham sido removidos e outros tinham sido colocados no lugar, mas estes não encaixavam direito, causando muitas irregularidades. Em alguns pontos do coração, faltavam pedaços.
O jovem olhou para o coração do velho de novo e disse:
- "O senhor deve estar brincando... Compare nossos corações. O meu está perfeito, intacto e o seu é uma mistura de cicatrizes e buracos!"
- "Sim, disse o velho. Olhando o seu coração, parece perfeito, mas eu não trocaria o meu pelo seu de jeito algum!"
- "Veja, disse ainda o velho. Cada cicatriz representa uma pessoa para a qual eu dei o meu amor. Tirei um pedaço do meu coração e dei para cada uma dessas pessoas.
Muitas delas deram-me também um pedaço do próprio coração para que eu colocasse no meu, mas, como os pedaços não eram exatamente iguais, há irregularidades.
Mas, eu as estimo, porque me fazem lembrar do amor que compartilhamos.
Algumas vezes, dei pedaços do meu coração a quem não me retribuiu. Por isso, há buracos. Eles doem. Ficam abertos, lembrando-me do amor que senti por essas pessoas... Um dia espero que elas retribuam, preenchendo esses vazios."
- "E então, jovem? Agora você entende o que é a verdadeira beleza de coração?"
O jovem ficou calado e lágrimas escorriam pelo seu rosto. Ele aproximou-se do velho. Tirou um pedaço de seu perfeito e jovem coração e ofereceu ao velho, que retribuiu o gesto.
O jovem olhou para o seu coração, não mais perfeito como antes, mas mais belo que nunca.
Os dois se abraçaram e saíram caminhando lado a lado.
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Comentário do Blog:
Como deve ser triste passar a vida com o coração intacto.
Talvez seja pelos buracos existentes nos corações de quem ama e compartilha esse amor, que Deus encontra espaço para preenchê-lo com o Seu Amor...!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

CONSTRUINDO PONTES

Dois irmãos, que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho, entraram em conflito.
Foi a primeira grande desavença em toda uma vida de trabalho lado a lado.
Mas agora tudo havia mudado.
O que começou com um pequeno mal entendido, finalmente explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio.
Numa manhã, o irmão mais velho ouviu baterem na sua porta. Ao abrí-la, notou um homem com uma caixa de ferramentas de carpinteiro, na mão.
- "Estou procurando trabalho, disse ele. Talvez você tenha algum serviço para mim."
- "Sim, disse o fazendeiro. Claro! Vê aquela fazenda ali, além do riacho?
É do meu vizinho. Na realidade, do meu irmão mais novo. Nós brigamos e não posso mais suportá-lo.
Vê aquela pilha de madeira ali no celeiro?
Pois use-a para construir uma cerca bem alta entre as duas fazendas."
- "Acho que entendo a situação, disse o carpinteiro. Mostre-me onde estão a pá e os pregos."
O irmão mais velho entregou o material e foi para a cidade. O homem ficou ali cortando, medindo, pregando. Trabalhou o dia inteiro.
Quando o fazendeiro chegou, não acreditou no que viu. Em vez de uma cerca alta, uma ponte foi construída na divisa das duas fazendas, ligando as duas margens do riacho.
Era um belo trabalho, mas o fazendeiro ficou enfurecido e falou:
- "Você foi atrevido construindo essa ponte depois de tudo que lhe contei."
Mas as surpresas não pararam por aí.
Ao olhar novamente para a ponte viu o seu irmão se aproximando de braços abertos.
Por um instante permaneceu imóvel do seu lado do rio. Mas, de repente, num só impulso, correu na direção do outro e abraçaram-se, chorando no meio da ponte.
O carpinteiro que fez o trabalho, partiu com sua caixa de ferramentas.
- "Espere, fique conosco!" Falou o irmão mais velho.
E o carpinteiro respondeu:
- "Eu adoraria, mas tenho outras pontes a construir..."
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Comentário do Blog:
Como estamos agindo em nossa vida, com as "ferramentas" que Deus nos deu? Como construtores de pontes ou de cercas...?